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2024

incertezas

talvez isso seja iluminação suficiente: saber que não existe um lugar final de descanso para a mente; nenhum momento de clareza arrogante. talvez a sabedoria… seja perceber o quão pequeno eu sou, e quão pouco sei, e o quão longe ainda tenho que ir.

vamos encarar os fatos. a ideia de que um dia alcançaremos uma clareza absoluta, uma sabedoria completa e inquestionável, é uma grande besteira. todos nós, em algum momento, alimentamos essa ilusão de que existe um ponto final onde podemos nos sentar confortavelmente e dizer “eu entendi tudo”. mas a realidade, meu amigo, é um tanto quanto mais complicada.

a mente humana não tem um ponto de chegada. não há um estado final de compreensão onde tudo faz sentido de uma vez por todas. e isso, na verdade, é uma bênção disfarçada. se houvesse um fim para nossa jornada intelectual, o que sobraria? tédio e complacência. a verdadeira iluminação, se é que existe tal coisa, está em perceber o quão pouco sabemos e o quão vasto é o território que ainda temos que explorar.

é preciso um certo nível de humildade para admitir que somos pequenos, insignificantes em meio a um universo incompreensível. mas essa humildade não é uma fraqueza; é a nossa força. ela nos mantém em movimento, nos faz continuar aprendendo, explorando, questionando. é o motor que nos impulsiona para frente, mesmo quando a estrada é longa e incerta.

talvez a sabedoria esteja justamente em abraçar essa incerteza. em reconhecer que cada resposta que encontramos levanta novas perguntas. que cada “eureka!” é apenas uma pausa momentânea antes da próxima busca. é um ciclo interminável, e isso é o que torna a jornada tão fascinante.