
e isso não é porque você ficou velho e chato — é porque você finalmente parou de cair na besteira de achar que precisa de barulho para se sentir vivo.
lembra de quando a vida era uma sequência interminável de agitação, festas, e gente falando alto? quando o caos era o tempero e você corria de um lado para o outro, achando que isso era sinônimo de viver intensamente? sim, parecia emocionante naquela época. mas aí a realidade bate — e não de maneira suave. ela chega como um tapa na cara e você percebe que, talvez, todo esse barulho era só uma maneira de abafar o vazio.
a verdade é que, com o tempo, você percebe que o que realmente importa não é o número de lugares que você foi, as festas que você frequentou ou as multidões que você encarou. o que importa é encontrar paz, mesmo que isso signifique abraçar a solidão, desligar as distrações e simplesmente ser. uma noite tranquila, um bom livro, uma conversa sincera — essas são as coisas que, de repente, têm valor.
não é que você tenha desistido da vida — você só percebeu que o silêncio tem uma beleza que o barulho nunca teve. amadurecer é entender que não precisa estar em todos os lugares, fazer todas as coisas, conhecer todas as pessoas. é se contentar em estar exatamente onde você está, e perceber que talvez, só talvez, o segredo para uma vida bem vivida seja fazer menos, apreciar mais e, acima de tudo, ficar bem com isso.