
explicar algo complexo de forma simples não é apenas um dom – é um tapa na cara de todos os “intelectuais” que se escondem atrás de palavras difíceis e teorias enroladas. é fácil soar inteligente quando você está despejando jargões, empilhando termos técnicos e jogando uma névoa de complexidade. mas a verdadeira genialidade está em pegar o complicado, destrinchar até o essencial e, ainda assim, transmitir o que importa. no fundo, se você precisa de toda essa pirotecnia linguística para explicar algo, a verdade é que você não entendeu tão bem assim.
vivemos num tempo em que ser “profundo” muitas vezes significa complicar o óbvio. quantas vezes já vi gente empacotando ideias simples em camadas de teorias e abstrações desnecessárias, só para parecer mais esperta? é quase cômico, porque quanto mais alguém insiste em tornar algo difícil de entender, mais claro fica que não há muita substância por trás da fachada. só que a realidade, e isso poucos admitem, é que descomplicar é muito mais difícil. exige uma compreensão tão completa que você consegue cortar toda a gordura e ir direto ao ponto, sem perder a profundidade.
é por isso que pessoas realmente inteligentes são capazes de explicar coisas complicadas para qualquer um, seja para uma criança ou para alguém que nunca ouviu falar do assunto. essa habilidade de simplificar, de traduzir o complexo sem reduzir seu valor, é o que separa os que realmente entendem dos que apenas repetem o que leram. e enquanto a maioria se esconde atrás de discursos complicados, aqueles que realmente dominam o tema não têm medo de simplificar – porque sabem que clareza não é superficialidade, é precisão.
no fundo, o que mais me fascina é como a verdadeira profundidade está em saber tornar as coisas acessíveis. enquanto tantos buscam complicar para impressionar, os gênios de verdade preferem ser entendidos do que admirados. porque, no fim das contas, a verdadeira conquista intelectual não é deslumbrar com palavras bonitas, mas transformar conhecimento em algo que possa ser absorvido, digerido e, quem sabe, até aplicado. quem sabe, ensina; quem enrola, disfarça. e o mundo está cheio de disfarces.