
o famoso “conteúdo de qualidade”. essa mística mágica que todo mundo persegue, mas poucos entendem. parece que a cada esquina digital tem um novo “gênio” dizendo que basta criar conteúdo de qualidade para ser visto, para “se destacar” no meio da bagunça, como se fosse uma receita de bolo. como se fosse uma senha secreta que destravasse a atenção do mundo, não importa o quanto ele esteja gritando. o que eles não te contam é que a maioria das pessoas que fala de qualidade realmente não faz ideia do que isso significa. acham que é só pegar a estética certa, uma musiquinha inspiradora, uns cortes rápidos e pronto – temos o tal do conteúdo de qualidade. bom, spoiler: não é. isso é só outro pacote vazio no desfile interminável de quinquilharias digitais.
conteúdo de qualidade não tem nada a ver com ser bonitinho ou “engajante” – duas palavras que, honestamente, deveriam ser banidas do vocabulário de quem quer criar algo de valor. conteúdo de qualidade é o que se destaca, não porque grita mais alto, mas porque tem um peso, uma verdade. é como aquela coisa inesperada que surge no meio da bagunça e, de repente, você percebe que tudo ao redor está ali só pra preencher espaço. é aquilo que, se você se permitir encarar, te faz lembrar de que não dá pra mascarar autenticidade.
a maioria do que chamam de “conteúdo de qualidade” hoje em dia é só mais uma distração, uma edição bem-feita, um post que parece autêntico mas não é nada mais do que um truque barato de ilusionismo digital. porque conteúdo de qualidade, de verdade, exige uma coisa que quase ninguém está disposto a oferecer: uma dose desconfortável de honestidade. mas, claro, isso não cabe num reels, não ganha like fácil. porque a real é que qualidade não vem empacotada para agradar, não vem polida e pronta para o consumo em massa. é desajeitada, é crua, é aquele prato rústico que você prova e te faz lembrar de que, sim, existe mais na vida do que o conteúdo diluído que você consome todos os dias.
mas aí, em vez de algo de valor, o que a gente vê são feeds polidos, montados pra enganar a gente, pra nos fazer acreditar que estamos vendo algo verdadeiro quando, na verdade, é só mais um balão de ar quente. e o problema não são as pessoas que se deixam levar, porque quem é que não gosta de uma distração bem feita? o problema é o que a gente perde nessa confusão: o que poderia ter sido, a autenticidade jogada de lado em nome do marketing. qualidade, afinal, não é uma coisa que se compra, não é uma fórmula. é aquela coisa que, quando você vê, sabe na hora. e, ao contrário de todo o resto, ela não está ali pra te distrair; está ali pra te acordar.