
ah, os coachs de internet… esses gurus modernos que surgem como cogumelos depois da chuva, vendendo fórmulas mágicas de sucesso em landing pages que parecem ter sido vomitadas por um algoritmo desesperado. eles têm uma habilidade extraordinária de transformar o óbvio em ouro, embrulhar a mediocridade em papel brilhante, e cobrar uma pequena fortuna por isso.
é fascinante, na verdade, como eles prometem mundos e fundos. “ganhe seis dígitos trabalhando duas horas por dia!” — enquanto o único trabalho que eles realmente fazem é manipular o desespero alheio. é um teatro, um circo montado com e-books, webinars, e aquela foto de perfil com um sorriso plastificado e o dedinho apontado pra câmera, como se dissessem: “vem cá, eu sou a chave do seu futuro!” a única coisa que eles estão destravando é o seu bolso.
e aquela landing page? um verdadeiro festival de promessas e números inflados. “nossos clientes aumentaram seus rendimentos em 300% em apenas um mês!” é claro, claro que sim. entre aspas e com letras miúdas, pra depois não ser processado. aí você rola a página e lá está: o botão mágico “inscreva-se agora!” ao módico preço de um rim, mas “parcelado em doze vezes sem juros.” o que você ganha? vídeos intermináveis de um cara dizendo o que qualquer pessoa com um pouco de bom senso já sabe. mas ele tem um PowerPoint bonito e uma câmera cara, então deve saber do que está falando, certo?
no fim das contas, o verdadeiro sucesso deles não está na “mentoria” que oferecem, mas no marketing agressivo, na capacidade de sugar dinheiro de gente que só quer um pouco de esperança. e, se você for esperto o bastante pra não cair nesse papo furado, aí vem a carta na manga: eles dizem que você não tem mentalidade de vencedor, que está preso numa “mentalidade de escassez.” basicamente, é culpa sua por não comprar o sonho deles.
mas, ei, alguém tem que pagar pelas férias deles em bali, né?