
não tomar nada como garantido não é só uma filosofia de vida; é um manual de sobrevivência. é entender que o mundo, com toda a sua falsa fachada de ordem, não passa de uma grande farsa onde tudo que você tem como certo – planos, carreiras, aquela ilusão patética de estabilidade – é só areia escorrendo pelos dedos enquanto você tenta fingir que está no controle. o universo, por sua vez, assiste a tudo isso de camarote, segurando o riso.
essa ideia de “segurança”? ah, a maior mentira que já te venderam. você acha mesmo que aquele emprego vai estar lá ano que vem? que sua saúde tá garantida só porque você faz yoga? que aquela pilha de economias é sua linha de defesa contra o caos? por favor. o mundo está apenas esperando o momento perfeito pra desmontar seu teatrinho de controle, como um diretor que adora ver atores improvisando em cena de pânico. o truque é que ele sabe exatamente quando puxar o tapete, e não há plano de contingência, planilha ou coach motivacional que salve.
então, qual é o caminho nesse circo de horrores? fácil: esqueça essa baboseira de chão firme. aceite que qualquer coisa que pareça estável é só uma pausa antes do próximo ato de insanidade. quando você entende que o chão pode – e vai – sumir a qualquer momento, até as coisas mais banais ganham um tom quase épico. aquele café aguado? um brinde ao acaso. aquela viagem sem perrengue? quase um feito histórico. porque quando você larga essa ideia patética de controle, a vida fica mais interessante. não “melhor,” mas com aquele toque perverso de um show onde o desastre é parte do espetáculo.
e então, quando o inevitável colapso finalmente acontecer – e acredite, ele vem, ele sempre vem – você não faz cara de espanto. você ri. um riso ácido, de quem já sabia desde o começo que tudo isso é uma grande pegadinha. você olha pro caos, dá de ombros e segue em frente, porque percebeu, lá no fundo, que a única coisa que o universo não pode tirar de você é o prazer de rir na cara do destino.