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2024

design

design, meus amigos. esse monstro invisível que guia tudo o que fazemos, desde o jeito que seguramos um garfo até como atravessamos uma rua sem sermos atropelados. já parou pra pensar nisso? provavelmente não. porque o bom design — o design de verdade — é invisível. ele tá ali, te ajudando a viver melhor, enquanto você nem percebe. mas quando ele é ruim… ah, quando ele é ruim, você sabe. sabe porque você tá preso no elevador apertando um botão que não funciona, ou tentando abrir uma porta que te odeia. aí você sente a raiva. aquela raiva quente, honesta, que te faz gritar pra ninguém em particular: “quem foi o imbecil que pensou nisso?”

mas o bom design… o bom design é outra coisa. é dieter rams decidindo que o mundo precisa ser menos, mas com mais propósito. é os eames dizendo: “sabe aquela cadeira que parece só uma cadeira? ela pode ser arte. e conforto. e beleza.” e philippe starck, claro, transformando um espremedor de limão numa obra de arte que você nunca usaria, mas que mesmo assim quer ter. isso é design. transformar o comum no extraordinário. pegar o que já existe e melhorar, simplificar, até parecer que sempre foi assim.

a história do design tá cheia desses momentos. momentos em que alguém olhou pra uma coisa mundana e disse: “isso pode ser melhor.” como quando mass-produced design nasceu, e de repente coisas lindas e funcionais começaram a chegar nas mãos das massas. ou quando a bauhaus decidiu que forma e função deveriam ser amantes inseparáveis, e o mundo nunca mais foi o mesmo.

mas vamos falar de hoje. porque o design tá mais vivo do que nunca. tá no app que você abre antes mesmo de acordar direito. tá no banco da bicicleta compartilhada que não te quebra a bunda. tá na garrafa reutilizável que você carrega pra não parecer um idiota egoísta que ignora o aquecimento global. e tá no trabalho de pessoas como ráisa guerra. sim, a ráisa. sabe aquela pessoa que você olha e pensa: “caramba, como é que tudo que ela faz parece tão óbvio depois que ela faz, mas ninguém pensou antes?”

ráisa é assim. uma mente que mistura criatividade e estratégia com uma habilidade quase irritante de fazer o mundo funcionar melhor. eu vejo o trabalho dela e penso: “onde é que eu tava quando essa ideia nasceu?” mas não é só isso. é o impacto. é como ela entende que design não é só sobre criar coisas bonitas, mas sobre melhorar vidas. e isso, meus amigos, me dá esperança. esperança de que tem gente por aí que ainda se importa o suficiente pra resolver os problemas que os idiotas causaram.

o design, no fundo, é isso. é uma batalha constante contra o feio, o inútil, o estúpido. é pegar o mundo quebrado e consertar, peça por peça. e quando eu olho pra história do design — dos mestres como rams e eames até os novos nomes que estão mudando as regras do jogo — eu não posso deixar de sentir orgulho. orgulho de ser parte de uma conversa que importa. porque, no fim das contas, o bom design não é só sobre fazer o mundo bonito. é sobre fazer o mundo funcionar. melhor. mais inteligente. mais humano.

e quando isso acontece, quando você se depara com algo tão bem feito, tão perfeito que te faz esquecer da mediocridade que te cerca, sabe o que você faz? você celebra. você levanta um copo, dá um gole, e agradece a esses maníacos brilhantes que decidiram fazer o trabalho difícil de consertar o mundo. pra eles, e pro bom design, sempre vale o brinde.

brindo a você minha socia