
acordei como sempre, precisando de café antes de qualquer interação humana. nada de conversa, nada de sorrisos forçados, nada de energia matinal falsa… só uma xícara fumegante de cafeína pura, me lembrando que talvez eu consiga suportar mais um dia. porque sejamos sinceros… sem café, tudo desmorona.
café não é uma simples bebida, é um contrato com a civilização. é o que impede que a humanidade entre em colapso todas as manhãs. sem ele, as pessoas vagariam sem propósito, cometendo erros ainda maiores do que já cometem. reuniões seriam ainda mais inúteis. decisões seriam ainda mais idiotas. o mundo já está no limite da estupidez, e café é uma das poucas forças que ainda seguram as pontas.
e então aparecem os que pedem descafeinado. descafeinado. uma prova irrefutável de que algumas pessoas simplesmente não entenderam nada sobre a vida. café sem cafeína é como uma piada sem punchline, um carro sem motor, um filme de ação sem explosões. quer beber algo quente sem propósito? tome um chá e abrace sua insignificância em silêncio.
o café de verdade é simples e direto… preto, forte, quente. nada de chantilly, nada de espuma artística, nada de xaropes de baunilha com nomes ridículos. quer um milkshake? vá para a sorveteria. quer café? então beba como um adulto e pare de tentar transformar tudo em sobremesa.
e não me fale de café ruim. café ruim é um crime contra a dignidade humana. aquele líquido ralo, pálido, sem alma, que mais parece água suja do que qualquer coisa remotamente respeitável. servir um café desses para alguém é como desejar um mau dia em formato líquido. uma afronta pessoal.
tomar café não é só um hábito, é um compromisso com a sanidade. um lembrete de que, por pior que as coisas estejam, ainda existe algo confiável, algo que sempre funciona. o mundo pode estar em ruínas, mas enquanto houver café, ainda há uma chance de não ser arrastado para o abismo da mediocridade.
é claro que sempre tem alguém para dizer “mas café faz mal”. sim, claro. viver também faz. respirar o ar poluído das cidades, comer qualquer coisa que não tenha saído direto de uma plantação biodinâmica supervisionada por monges tibetanos, tudo supostamente faz mal. mas ninguém nunca morreu de uma boa xícara de café forte. pelo menos, não alguém que valesse a pena conhecer.
e um dia meu coração pode reclamar, pode dizer que já basta, pode tentar me convencer de que é hora de reduzir. mas sinceramente? prefiro um fim digno, com uma xícara na mão, do que uma existência sem café, arrastada em um mar de mornidão sem graça.
porque enfrentar esse mundo sem café? isso, meu amigo, seria um destino pior do que qualquer outro.