
temos essa luta terrível para tentar explicar as coisas para as pessoas que não têm motivos para querer saber. é como tentar ensinar física quântica a uma ostra. você pode despejar toda a sua paixão, seu conhecimento, suas horas de estudo e dedicação, mas no final, você está falando com uma parede.
é uma batalha épica, quase trágica. você se arma com fatos, com lógica, com argumentos convincentes, mas o olhar do outro lado é vazio, desinteressado. é como se a curiosidade fosse uma língua estrangeira, e você está tentando comunicar-se sem sequer um dicionário. a indiferença é um inimigo astuto, mais difícil de combater do que a ignorância. pelo menos a ignorância pode ser iluminada; a indiferença simplesmente não se importa.
e aqui está a verdade brutal: algumas pessoas simplesmente não querem saber. seja por medo, preguiça, ou um conforto maligno em suas próprias bolhas de desinformação, elas se fecham. e você, com sua ânsia de compartilhar, de esclarecer, bate incessantemente contra essas barreiras invisíveis.
é exasperante, não é? você vê o potencial, a vastidão do que poderia ser entendido, do que poderia ser explorado. mas percebe que está sozinho nessa busca, uma voz clamando no deserto. porque o que realmente importa para eles não é o que é verdadeiro ou importante, mas o que é confortável e familiar.
talvez seja essa a maldição dos curiosos, dos inquietos. estamos eternamente destinados a essa luta inglória, tentando acender chamas em corações que preferem permanecer no escuro. mas ainda assim, continuamos. porque a alternativa – a resignação, o silêncio – é simplesmente inaceitável.
então, seguimos lutando, explicando, tentando. na esperança de que, talvez, apenas talvez, uma faísca pegue, uma mente se abra, e o mundo fique um pouco menos ignorante, um pouco mais iluminado. e se isso significa enfrentar a indiferença dia após dia, que assim seja. porque a luta pelo conhecimento, pela compreensão, é uma batalha que vale a pena lutar, mesmo que a vitória pareça distante.