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2024

matemática

estou numa fase em que a última coisa que me preocupa é corrigir as pequenas falhas do mundo. se você acredita que 1+1 é igual a 3, ótimo, continue com sua matemática imaginária. a verdade é que brigar contra essas ilusões que as pessoas escolhem alimentar é o equivalente moderno de bater a cabeça contra a parede – cansa, machuca, e no fim, a parede continua no mesmo lugar.

sabe, tem algo libertador em perceber que não preciso ser o guardião da lógica ou o bastião da razão. não estou mais interessado em ser o cara que aponta cada detalhe errado ou cada ideia fora do lugar. deixei para trás a necessidade de convencer os outros da minha versão da realidade, porque, convenhamos, quem disse que a minha verdade é mais válida do que a deles?

nesse circo em que vivemos, cada um tem o seu próprio número. alguns preferem malabarismos com a lógica, outros se especializam em acrobacias filosóficas que desafiam qualquer senso comum. e eu? estou feliz em assistir ao espetáculo sem me deixar levar pelos absurdos que vejo. afinal, viver a vida tentando corrigir os outros é a receita certa para a exaustão.

então, se você quer continuar defendendo suas verdades alternativas, vá em frente. eu já passei dessa fase de querer salvar o mundo da sua própria loucura. estou mais interessado em aproveitar meu tempo com as coisas que realmente importam – e acredite, lutar contra moinhos de vento de lógica não está na lista.

em vez disso, prefiro observar de longe, com uma dose de ceticismo e outra de curiosidade. porque, no fim das contas, o que realmente importa é saber quando se engajar e quando simplesmente deixar passar. e agora, mais do que nunca, escolho deixar passar.