
a simplicidade é uma dessas coisas que todo mundo adora pregar, mas poucos têm a coragem de realmente praticar. é o tipo de coisa que soa bonito em teoria, mas na prática? ah, na prática, as pessoas preferem o excesso, o desnecessário, a cacofonia de coisas que só servem para preencher o vazio que elas se recusam a encarar.
vamos ser sinceros: a simplicidade assusta. porque ela expõe. quando você tira os adornos, os enfeites, as distrações, sobra o que? a realidade nua e crua, o essencial. e isso, meu amigo, é o que a maioria não quer ver. preferem se esconder atrás de mil bugigangas, como se entulhar a vida de coisas fosse a solução para qualquer tipo de insatisfação interna. mas a verdade é outra — quanto mais você acumula, mais perdido você fica.
e não me venha com essa conversa de que simplicidade é para os fracos, para os que têm medo de “viver a vida ao máximo”. a verdadeira ousadia, a verdadeira rebeldia, está em cortar tudo o que é ruído e focar no que realmente importa. isso não é para qualquer um. é para quem tem coragem de encarar o vazio sem surtar, para quem tem a clareza de ver que a vida não precisa de enfeites para ter significado.
o engraçado é que, num mundo que valoriza tanto a complexidade, a simplicidade é praticamente um ato subversivo. escolher o simples é dizer “não” a essa loucura de excessos que só serve para nos deixar mais ansiosos, mais perdidos, mais desconectados. é um ato de rebeldia contra a tirania do “mais é mais”, uma declaração de que a vida pode, sim, ser mais leve, mais clara, mais verdadeira.
então, da próxima vez que alguém te vier com essa ideia de que simplicidade é sinônimo de falta de ambição, dê risada. porque no fundo, quem realmente entende a simplicidade sabe que ela é tudo, menos fácil. ela é afiada como uma lâmina, corta fora o desnecessário e deixa apenas o que é essencial. e se isso não é o verdadeiro luxo, então não sei o que é.