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2024

meus presentes de natal

ah, o natal. todo ano a mesma ladainha. filas intermináveis, gente suando no meio do shopping lotado, embrulhando qualquer porcaria só para dizer que não passou em branco. mas eu, não. esse ano decidi ir por outro caminho. cansei de gastar dinheiro com coisas que não duram mais do que dois natais ou que vão direto para o fundo de uma gaveta. decidi focar em algo que, para muitos, já é quase uma relíquia arqueológica: qualidade.

eu quero presentes que não só existam, mas resistam. coisas que daqui a dez, vinte anos ainda vão estar lá, firmes e fortes, sem pedir desculpas por sua existência. chega dessa cultura descartável de “ah, tá barato, compra dois”. prefiro um presente que valha a pena, que tenha alma, que não precise se esconder atrás de uma etiqueta cheia de brilho e nomes pomposos. menos coisas, mais significado. menos volume, mais valor.

e se for comida, então, o padrão sobe ainda mais. porque, sinceramente, eu me recuso a dar de presente qualquer coisa que tenha gosto de papelão. nada de chocolates que mais parecem velas perfumadas, vinhos que gritam “promoção de supermercado” ou panetones tão secos que poderiam ser usados como arma em um assalto. quero algo que entregue mais do que o básico, que faça alguém fechar os olhos no primeiro pedaço e pensar: “porra, isso é bom.”

então, eu priorizo menos. mas menos com propósito. quero qualidade, longevidade, e, de preferência, algo que não precise de pilhas ou Wi-Fi. porque a verdade é essa: o que realmente importa, o que realmente fica, nunca é descartável. e isso, meu caro, vale cada centavo.