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2024

oyster perpetual

largar o apple watch foi como sair de uma festa de escritório onde todo mundo está tentando ser descolado demais, só para ir beber num bar velho e honesto que não tem nem wi-fi. sabe do que eu estou falando? aquele tipo de decisão que te faz respirar fundo e pensar: “por que diabos eu esperei tanto?” porque o apple watch, por mais útil que parecesse, era basicamente um bracelete tecnológico feito para te transformar em um escravo da própria vida. um bip aqui, um alerta ali – “sente direito”, “mexa o traseiro”, “beba mais água”. sério, quem foi que decidiu que eu precisava de uma babá digital no pulso?

e foi aí que o oyster perpetual entrou na minha vida, como um convite silencioso para mandar todo esse barulho para o inferno. de cara, eu entendi o que ele era: simples, direto, talvez até “boring” para alguns. mas aqui está o segredo sujo: essa aparente chatice é exatamente o que o torna perfeito. ele não precisa de firulas, porque não tem nada a provar. o oyster perpetual não quer ser o centro das atenções, e essa é precisamente a razão pela qual ele sempre será o rei do pulso.

“ah, mas ele é tão básico!” – é o que dizem os tolos, aqueles que precisam de algo piscando, vibrando ou lançando foguetes para se sentirem vivos. o oyster perpetual é um tapa na cara dessa mentalidade. ele é um lembrete de que a verdadeira sofisticação vem da confiança absoluta em sua função. ele marca o tempo, e faz isso com uma precisão quase obscena. mais nada. e sabe de uma coisa? é exatamente isso que eu quero. eu não preciso de um relógio que me avise que estou atrasado para a vida – eu já sei.

ele não grita. ele não faz malabarismos. ele é o equivalente em relógios a um chef que sabe fazer um ovo perfeito. sem trufas, sem espuma de wasabi, sem nada que precise de hashtags para justificar sua existência. o oyster perpetual é clássico porque não tenta ser moderno. enquanto os outros estão ocupados correndo atrás de tendências e tecnologias que ficam obsoletas mais rápido do que você pode dizer “Apple Watch Series 15”, ele está sentado lá, no seu pulso, dizendo: “tenta me superar.”

e, sim, ele é “boring”. porque, às vezes, boring é exatamente o que você precisa. ele é como uma boa camisa branca ou um blazer feito sob medida – ele simplesmente funciona. enquanto o apple watch e seus equivalentes piscam, fazem barulho e te enchem de notificações que você vai ignorar de qualquer maneira, o oyster perpetual está lá, funcionando. silencioso. elegante. te lembrando que o tempo é a única coisa que você não pode controlar, então pare de tentar.

ele é o oposto do mundo moderno. ele não se importa com seus passos, com seus batimentos cardíacos ou com quantas calorias você queimou durante a última aula de spinning. ele não liga para o que está acontecendo no seu instagram ou se alguém deu like na sua foto do jantar. ele não quer ser o centro das atenções porque não precisa. e, honestamente, não é assim que todos nós deveríamos ser?

então, sim, o oyster perpetual é boring. e é exatamente por isso que ele é perfeito. porque ele é uma máquina feita para durar, tanto quanto sua arrogância ou o próximo martíni que você vai beber. enquanto o resto do mundo grita, implora por relevância, ele está lá, marcando o tempo, sem pressa, sem pedir desculpas. e, de alguma forma, isso faz dele a coisa mais moderna que você poderia usar.