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2024

fomo

ah, o fomo. esse terror moderno, alimentado pelo pavor de estar perdendo algo épico enquanto você está aí, na sua vidinha ordinária. vivemos em um mundo onde, a cada segundo, algo incrível e mirabolante parece estar acontecendo em algum lugar — que, claro, não é onde você está. é uma festa que você nunca foi convidado, mas que, de algum jeito, todos os outros já estão postando stories perfeitos.

o fomo é mais do que só um subproduto do nosso vício digital; é um vírus emocional que corrói sua paz de espírito, um parasita que se alimenta da sua insegurança e te faz sentir que está sempre atrasado, sempre ficando para trás. se você ainda não percebeu, deixa eu te contar: você nunca vai vencer esse jogo. na verdade, ele foi feito pra você perder.

vivemos em uma sociedade que nos empurra a competir por tudo — até pelo maldito pão de cada dia — e, pior, nos condiciona a acreditar que estamos sempre ficando para trás. você pensa que precisa estar em todos os lugares, vivendo tudo, experimentando o máximo, enquanto o que você realmente está fazendo é sufocar sua própria vida real em favor de uma ilusão de plenitude.

mas aqui está o soco na cara: na sua ânsia de não perder nada, você está, ironicamente, perdendo tudo. perdendo o presente, o agora, o real. porque o fomo não passa de uma armadilha, um loop infinito de ansiedade que nunca te permite se sentir completo. é uma corrida insana onde a linha de chegada não existe — você corre, corre, e só se cansa.

e quer saber a pior parte? enquanto você tenta acompanhar esse show de horrores, o que realmente importa — sua paz de espírito, sua satisfação interior — vai pelo ralo. você se vê mergulhado em comparações tóxicas, tentando alcançar padrões inatingíveis que só servem para alimentar seu medo de estar perdendo algo.

a solução? pare. apenas pare. desça dessa esteira. desligue o telefone, respire e encare a realidade: você nunca vai viver todas as experiências possíveis. e, francamente, você não precisa. o que você precisa é de presença, de estar onde realmente está, vivendo a vida real, não a fantasia filtrada de outros. então, da próxima vez que o fomo bater, mande ele passear. porque, no final das contas, o que você está perdendo de verdade é você mesmo.

e adivinha? eu também estou nesse processo. deixando de lado a ideia ilusória de que preciso estar em todos os lugares ao mesmo tempo, fazendo todas as coisas. e, honestamente, está começando a ficar bem mais interessante por aqui.