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2024

hobby

ah, a vida ideal. aquela fantasia dourada onde cada hobby não apenas ocupa seu tempo de forma prazerosa, mas também enche seus bolsos de dinheiro e ainda te transforma em uma mente brilhante, cheia de ideias criativas. soa bem, né? quase como uma daquelas promessas de um guru de autoajuda que afirma que você pode transformar cada minuto do seu dia em algo extraordinário. mas sejamos sinceros, essa ideia de que você precisa “otimizar” até seus momentos de lazer é, no mínimo, ridícula.

vamos ser realistas: encontrar tempo para um único hobby já é uma vitória em meio ao caos cotidiano. e a ideia de transformar esse hobby em uma máquina de fazer dinheiro? boa sorte com isso. nada acaba mais rápido com o prazer de uma atividade do que a pressão de monetizá-la. aquele passatempo que antes te trazia alegria se torna apenas mais uma linha de produção, uma obrigação com a qual você precisa lidar, e de repente o que deveria ser seu escape vira mais uma fonte de estresse.

e sobre essa ideia de que o hobby vai te tornar mais inteligente e criativo? claro, é uma ideia atraente, mas vamos encarar a verdade: depois de um dia inteiro lidando com prazos, metas e o inferno corporativo, a última coisa que muitos de nós querem é se forçar a ser mais produtivo ou criativo. às vezes, o que precisamos é justamente o oposto — desligar completamente, deixar a mente vagar sem propósito, apenas por pura e simples diversão.

e sabe do que mais? é exatamente por isso que eu mantenho meu hobby sagrado. todo mundo adora me dizer que eu tiro fotos incríveis e que eu deveria transformar isso em um negócio. “por que você não vende suas fotos? por que não ganha dinheiro com isso?” dizem com os olhos brilhando, como se fosse a solução mágica para todas as questões da vida. mas sabe o que seria a verdadeira tragédia? transformar algo que amo em mais um item na lista de coisas que preciso fazer para pagar as contas.

fotografar é o meu escape, meu momento de pura criação sem pressão, sem expectativas. é quando eu posso ver o mundo através da lente, capturar momentos, brincar com luzes e sombras, sem nenhuma outra preocupação além de me divertir e criar algo que eu ame. e sabe de uma coisa? eu quero que continue assim. não preciso “monetizar” minha paixão para validá-la. o mundo já está cheio de coisas que precisam ser feitas; meu hobby não precisa se tornar mais uma delas.

a verdade é que essa ideia de hobbies que resolvem todos os aspectos da sua vida é uma fantasia bonita, mas impraticável. nem tudo precisa ter um propósito grandioso ou resultar em algum tipo de ganho tangível. às vezes, um hobby deve ser apenas isso: um hobby. algo que você faz porque gosta, porque te faz bem, e ponto final.

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2024

erros e acertos

toda essa abordagem de “olha todas as minhas conquistas!!” nas mídias sociais não é apenas irritante, é uma farsa. a verdade nua e crua é que ninguém está vivendo essa vida perfeita e inabalável que estão tentando te vender. é um espetáculo montado, cuidadosamente curado para esconder o que realmente está acontecendo nos bastidores.

e sabe qual é o problema real disso? faz você, eu, e qualquer outra pessoa que esteja assistindo de fora, pensar que somos os únicos que estamos falhando, cometendo erros, tropeçando. é uma ilusão que só serve para aumentar a ansiedade e fazer com que as pessoas desistam mais cedo do que deveriam, porque começam a acreditar que são as únicas que não conseguem acertar de primeira.

prefiro ser real, honesto, sobre os altos e baixos, sobre os tropeços e as quedas, é muito mais gentil. não é sobre expor suas vulnerabilidades como um troféu, mas sobre reconhecer que a vida é feita de erros e acertos. todo mundo está tentando encontrar o caminho, ninguém tem todas as respostas, e essa busca constante por perfeição nas redes sociais é tóxica.

eu prefiro mil vezes mostrar as falhas, as frustrações e os momentos em que tudo dá errado. porque é assim que a vida realmente é. é bagunçada, é complicada, e está tudo bem. ser real é, na verdade, um ato de bondade, tanto consigo mesmo quanto com os outros. é libertador admitir que você está tentando, que às vezes falha, mas que está sempre em movimento, sempre aprendendo.

e, francamente, é muito mais saudável do que essa obsessão coletiva por mostrar só o lado brilhante das coisas.

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2024

fomo

ah, o fomo. esse terror moderno, alimentado pelo pavor de estar perdendo algo épico enquanto você está aí, na sua vidinha ordinária. vivemos em um mundo onde, a cada segundo, algo incrível e mirabolante parece estar acontecendo em algum lugar — que, claro, não é onde você está. é uma festa que você nunca foi convidado, mas que, de algum jeito, todos os outros já estão postando stories perfeitos.

o fomo é mais do que só um subproduto do nosso vício digital; é um vírus emocional que corrói sua paz de espírito, um parasita que se alimenta da sua insegurança e te faz sentir que está sempre atrasado, sempre ficando para trás. se você ainda não percebeu, deixa eu te contar: você nunca vai vencer esse jogo. na verdade, ele foi feito pra você perder.

vivemos em uma sociedade que nos empurra a competir por tudo — até pelo maldito pão de cada dia — e, pior, nos condiciona a acreditar que estamos sempre ficando para trás. você pensa que precisa estar em todos os lugares, vivendo tudo, experimentando o máximo, enquanto o que você realmente está fazendo é sufocar sua própria vida real em favor de uma ilusão de plenitude.

mas aqui está o soco na cara: na sua ânsia de não perder nada, você está, ironicamente, perdendo tudo. perdendo o presente, o agora, o real. porque o fomo não passa de uma armadilha, um loop infinito de ansiedade que nunca te permite se sentir completo. é uma corrida insana onde a linha de chegada não existe — você corre, corre, e só se cansa.

e quer saber a pior parte? enquanto você tenta acompanhar esse show de horrores, o que realmente importa — sua paz de espírito, sua satisfação interior — vai pelo ralo. você se vê mergulhado em comparações tóxicas, tentando alcançar padrões inatingíveis que só servem para alimentar seu medo de estar perdendo algo.

a solução? pare. apenas pare. desça dessa esteira. desligue o telefone, respire e encare a realidade: você nunca vai viver todas as experiências possíveis. e, francamente, você não precisa. o que você precisa é de presença, de estar onde realmente está, vivendo a vida real, não a fantasia filtrada de outros. então, da próxima vez que o fomo bater, mande ele passear. porque, no final das contas, o que você está perdendo de verdade é você mesmo.

e adivinha? eu também estou nesse processo. deixando de lado a ideia ilusória de que preciso estar em todos os lugares ao mesmo tempo, fazendo todas as coisas. e, honestamente, está começando a ficar bem mais interessante por aqui.

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2024

o que ninguém tem coragem de falar sobre as reuniões

vamos falar a verdade, reuniões são o flagelo da produtividade. todos nós já estivemos lá: presos em uma sala abafada, ou pior, em uma chamada de vídeo interminável, com pessoas que você mal conhece, discutindo tópicos que poderiam ter sido resolvidos com um simples e-mail. é um desperdício colossal de tempo e energia.

primeira regra: não agende reuniões antes das 11h. quem diabos inventou essa história de que o dia de trabalho começa com uma reunião às 9h? isso é tortura pura. ninguém está realmente acordado antes das 11h. até lá, estamos todos fingindo funcionar enquanto, na verdade, estamos nos perguntando por que o café ainda não fez efeito. então, faça um favor a todos e deixe as manhãs para o trabalho real, não para a baboseira corporativa.

segunda regra: se um e-mail ou uma chamada pode resolver, por que diabos você está agendando uma reunião? você acha que sua agenda lotada te faz parecer importante? na verdade, só mostra que você não sabe delegar ou resolver problemas de forma eficiente. um e-mail bem escrito pode fazer maravilhas e economizar horas de conversa fiada. não há nada pior do que uma reunião que poderia ter sido um e-mail. sério, é um insulto ao tempo de todos.

terceira regra: não agende chamadas; coordene-as via mensagem quando possível. nada de “vamos marcar uma call para discutir isso”. apenas pegue o telefone e mande uma mensagem. se a pessoa estiver disponível, ótimo. se não, paciência. vamos parar de fingir que precisamos agendar cada interação. o mundo não vai parar de girar se você mandar uma mensagem espontânea.

quarta regra: concentre todas as reuniões em dois dias da semana. imagine isso: três dias inteiros sem interrupções de reuniões. você pode realmente fazer seu trabalho! é uma revolução! claro, os dias de reunião serão um inferno, mas pelo menos você sabe que depois disso, terá tempo para respirar. a ideia de que precisamos estar disponíveis para reuniões o tempo todo é ridícula. coloque tudo em dois dias e liberte-se.

quinta regra: 1:1s são reuniões caminhando de 30 minutos. se você realmente precisa de uma reunião individual, faça enquanto caminha. pelo menos assim você não estará preso em uma sala sem ventilação, ou pior, em uma chamada de vídeo com má conexão, e quem sabe, pode até conseguir um pouco de exercício. nada de reuniões intermináveis sentados em uma cadeira desconfortável.

agora, vamos abordar as reuniões online. se as reuniões presenciais são ruins, as online são um círculo do inferno danteano. pessoas falando ao mesmo tempo, microfones com eco, conexões caindo. e tudo isso para quê? para discutir algo que poderia ter sido resolvido em um chat ou e-mail? é um desperdício de recursos tecnológicos. só porque temos a capacidade de fazer chamadas de vídeo não significa que devemos fazer chamadas de vídeo para tudo. use o bom senso, pelo amor de deus.

a moral da história? reuniões são, na maior parte das vezes, uma perda de tempo gigantesca. então, vamos ser espertos sobre como e quando as fazemos. ou melhor ainda, vamos evitá-las ao máximo. afinal, a verdadeira produtividade vem de fazer o trabalho, não de falar sobre ele.

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2024

segredo da felicidade

uma pessoa feliz não é alguém que está feliz o tempo todo. é alguém que interpreta os eventos de tal forma que não perde sua paz interior.

vamos lá, a ideia de que a felicidade é um estado constante de euforia é pura bobagem vendida por comerciais de refrigerantes e gurus de autoajuda. a vida é um passeio selvagem, cheio de altos e baixos, e quem finge estar constantemente em um estado de alegria inabalável está, francamente, mentindo ou profundamente iludido.

a verdadeira felicidade é sobre resiliência emocional. é sobre ter a capacidade de olhar para os desafios e as adversidades e ainda assim manter um núcleo de paz interior. é uma habilidade, uma arte quase perdida, de reinterpretar eventos de forma que eles não destruam sua serenidade.

pense em uma pessoa feliz como alguém que, ao enfrentar uma tempestade, não se afunda em autopiedade, mas enxerga a tempestade como uma oportunidade de dançar na chuva. eles não são imunes à dor ou ao sofrimento; eles simplesmente não deixam que esses momentos definam sua existência. eles encontram significado nas lutas, aprendizado nos erros, e beleza nas imperfeições.

marcus aurelius, aquele velho sábio estoico, já dizia algo semelhante. ele entendia que a vida é cheia de dificuldades inevitáveis, mas é a nossa interpretação desses eventos que realmente importa. pessoas verdadeiramente felizes desenvolveram a habilidade de ver além das adversidades imediatas e encontrar uma luz em meio à escuridão. elas sabem que não podem controlar tudo que acontece, mas podem controlar como reagem a essas coisas.

essa capacidade de reinterpretar eventos de forma positiva é um antídoto poderoso contra a mentalidade de vítima. enquanto muitos se afundam em ressentimento e desespero, as pessoas felizes escolhem ver as oportunidades escondidas em cada desafio. é uma escolha consciente de focar no crescimento e na superação, em vez de na derrota e na tristeza.

então, da próxima vez que a vida te der uma rasteira, pergunte a si mesmo: como posso ver isso de uma forma que preserve minha paz interior? porque, no final das contas, a verdadeira felicidade não está em evitar a tempestade, mas em aprender a navegar por ela com graça e coragem. é sobre encontrar a paz em meio ao caos e transformar cada desafio em uma oportunidade de crescimento. essa é a essência da felicidade — e, francamente, é uma maneira muito mais interessante de viver.

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2024

pensar estrategicamente

pensar estrategicamente é difícil porque somos programados para focar no conflito óbvio, não nos ocultos. trata-se de ver além do imediato.

a realidade é que a maioria de nós é atraída pelo espetáculo do conflito evidente, como mariposas para a luz. é fácil ser seduzido pelo drama à vista — a disputa de poder na reunião de diretoria, a concorrência agressiva no mercado. mas enquanto todos estão ocupados lutando no campo de batalha visível, os verdadeiros estrategistas estão observando as manobras nos bastidores, onde as decisões reais são tomadas.

a mente humana adora a simplicidade do que é óbvio. é mais confortável lidar com problemas que podemos ver e entender rapidamente. mas o pensamento estratégico exige um salto para fora dessa zona de conforto, para um lugar onde as coisas não são tão claras, onde as ameaças e oportunidades não estão sinalizadas com letreiros luminosos. isso requer a coragem de olhar além do imediato, de ver o que os outros não veem.

muitos preferem a gratificação instantânea de resolver o problema óbvio, em vez de gastar tempo e energia pensando nas consequências de longo prazo. é como preferir comer fast food porque está com fome agora, em vez de planejar e cozinhar uma refeição saudável que vai te sustentar melhor. a diferença é que, na estratégia, essa miopia pode te custar caro.

pensar estrategicamente é como jogar xadrez em um tabuleiro tridimensional, onde cada movimento deve ser pensado em múltiplas dimensões e antecipado várias jogadas à frente. é saber que, enquanto todo mundo está concentrado em capturar peões, você já está posicionando suas peças para um xeque-mate inevitável.

a verdadeira estratégia não é glamorosa. é o trabalho sujo de entender as motivações ocultas, os medos e as ambições que movem as pessoas e as organizações. é enxergar as conexões invisíveis, as alianças silenciosas e as armadilhas que ninguém mais percebe. é ter a paciência para jogar o jogo longo, sabendo que a vitória real não vem do primeiro golpe, mas do último.

então, da próxima vez que você se encontrar em meio a um conflito óbvio, dê um passo para trás e pergunte-se: o que estou perdendo porque estou distraído pelo que é óbvio? onde estão os verdadeiros pontos de pressão que podem ser explorados? o que os outros não estão vendo porque estão cegos pelo drama imediato?

pensar estrategicamente é uma arte, uma dança delicada entre ver o que é e imaginar o que poderia ser. é uma habilidade rara, mas essencial, que separa os verdadeiros líderes dos meros peões no tabuleiro da vida. e, no final, é isso que faz toda a diferença.

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2024

você não é obrigado a ter uma opinião forte sobre tudo

no mundo de hoje, onde todo mundo parece ter algo a dizer sobre tudo — desde a mudança climática até a cor da roupa de quem passou na rua —, parece que estamos vivendo em uma espécie de teatro do absurdo. onde está escrito que você precisa ter uma opinião formada sobre cada assunto que surge? a verdade é que essa pressão para ser uma máquina de opiniões é, na melhor das hipóteses, uma ilusão.

ter uma opinião sobre tudo é uma missão impossível que só leva a conversas vazias e debates sem substância. é como se a sociedade nos empurrasse para esse papel de sábios oniscientes, quando, na realidade, ninguém tem tempo ou energia para acompanhar todas as notícias, todas as fofocas e todas as tendências.

vamos ser realistas: a vida é curta demais para gastar com opiniões sobre tópicos que não fazem diferença na sua vida. às vezes, a resposta mais inteligente é simplesmente não ter uma resposta. “não sei” pode ser a frase mais libertadora que você aprenderá a dizer. porque, no fundo, a maioria das discussões é só barulho, uma competição para ver quem consegue falar mais alto, não quem tem algo valioso a contribuir.

é hora de abandonar essa ideia de que você precisa participar de todas as conversas. imagine quantas horas de sono você pode recuperar, quantos momentos de paz você pode ganhar, simplesmente optando por não ter uma opinião sobre coisas que realmente não importam. e, quem sabe, ao fazer isso, você pode até descobrir que se tornou mais interessante, mais focado no que realmente importa para você.

no final das contas, é tudo uma questão de prioridade. então, da próxima vez que alguém te pressionar a opinar sobre algo que você realmente não se importa, sinta-se livre para dar de ombros e seguir em frente. porque a verdadeira sabedoria está em escolher suas batalhas e gastar suas energias com o que realmente vale a pena. e, sinceramente, essa é uma escolha que vale a pena fazer.

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2024

errado é errado e certo é certo

errado é errado, mesmo que todo mundo esteja fazendo. certo é certo, mesmo que ninguém esteja fazendo.

vamos direto ao ponto: a moralidade não é uma votação popular. vivemos em um mundo onde a pressão para se conformar é palpável, onde é mais fácil seguir a multidão do que remar contra a maré. mas, no final das contas, o que é errado continua sendo errado, não importa quantas pessoas decidam embarcar no mesmo barco furado.

a sociedade adora nos convencer de que, se todo mundo está fazendo algo, então deve estar tudo bem. mas o que realmente significa “todo mundo”? e quem disse que a maioria sempre tem razão? se a história nos ensinou alguma coisa, é que as massas podem estar terrivelmente equivocadas.

fazer a coisa certa muitas vezes significa estar sozinho, ser olhado de lado, ser o esquisitão que não dança conforme a música. mas se há algo mais libertador do que seguir a sua própria bússola moral, eu ainda não descobri o que é. ter coragem para fazer o que é certo, mesmo quando ninguém está prestando atenção, é uma das demonstrações mais poderosas de integridade.

no fim do dia, não se trata de agradar os outros ou de ganhar popularidade. é sobre ser capaz de olhar no espelho e saber que você se manteve fiel aos seus valores, mesmo quando era mais fácil ceder. porque, no fim das contas, o que é certo é eterno, e o que é errado… bem, tende a desmoronar quando as pessoas finalmente acordam para a realidade.

então, da próxima vez que você se sentir tentado a seguir o rebanho, pare e pense. você está seguindo porque é a coisa certa a fazer, ou apenas porque é mais conveniente? tenha a coragem de ser a exceção, de se manter firme, mesmo quando parece que o mundo inteiro está indo na direção oposta. porque, no final das contas, a verdade não precisa de uma maioria para ser verdade. ela simplesmente é.

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2024

o passado


vamos encarar: o passado é aquele velho amigo que nunca sabe a hora de ir embora, sempre pronto para esfregar na sua cara as suas piores falhas. mas por que diabos ficamos presos a essas lembranças, como se fossem algemas feitas de arrependimento e vergonha? a vida é muito curta para ficarmos remoendo decisões ruins como se fossem eternas maldições.

cada erro é um lembrete gritante de que você está vivendo intensamente, errando e, esperamos, aprendendo. tratar o passado como uma cela de prisão é o equivalente emocional de viver com um par de grilhões nos tornozelos. enquanto isso, o mundo está se movendo, e você está aí, paralisado, reencenando seus piores momentos em um teatro interno de autocomiseração.

a verdadeira mágica acontece quando você pega esses erros e os transforma em combustível. porque, vamos ser honestos, repetir os mesmos erros é pura preguiça disfarçada de destino. você já viu esse filme antes — e sabemos que ele não termina bem. então, por que não mudar o roteiro?

quanto a mim, estou descobrindo que deixar o passado para trás é mais desafiador do que parece. estou tentando deixar as correntes do arrependimento e usar meus erros como um trampolim, mas às vezes sinto que estou participando de uma comédia trágica. cada falha se transforma em uma aula involuntária, e eu estou aqui, o protagonista infeliz, tentando extrair alguma sabedoria de cada enrascada. estou aprendendo a não me afundar no drama, estou usando tudo como material para uma história mais rica. estou determinado a fazer do meu passado um combustível para o futuro, mesmo que signifique tropeçar um pouco mais ao longo do caminho. então, sim, estou vivendo o caos com uma pitada de ironia, sempre pronto para transformar minhas quedas em algo mais do que meros tropeços — em material para uma narrativa que, espero, será pelo menos uma boa história para contar.

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2024

tão irônico e real

a ironia da otimização é que sua vida só vai ser tão boa quanto você consegue imaginar. é quase cômico, não? aqui estamos, presos nessa roda de hamster da eficiência, acreditando que, se apenas ajustarmos tudo perfeitamente, alcançaremos o nirvana pessoal. mas e se as coisas pudessem ser melhores do que você planejou? e se o verdadeiro pote de ouro estiver além das suas intenções milimetricamente calculadas? quando você otimiza, está apenas otimizando para o que VOCÊ acha que é melhor. spoiler: você não sabe tudo.

vamos lá, a verdade é que somos um bando de controladores delirantes, obcecados por apertar cada gota de “valor” da nossa existência. como se a vida fosse um aplicativo de smartphone que só precisa de algumas atualizações para funcionar perfeitamente. mas, veja bem, essa busca frenética por otimização só nos faz perder de vista o quadro maior. nos cegamos para o potencial ilimitado que existe fora do nosso radar estreito.

a ironia cruel aqui é que, ao tentar otimizar cada aspecto da sua vida, você pode estar sacrificando a verdadeira magia do inesperado. enquanto você está ocupado fazendo listas de tarefas e ajustando cronogramas, o universo pode ter planos bem mais interessantes para você. mas, claro, você nunca saberá, porque está muito ocupado analisando dados de produtividade em planilhas do excel.

e se o verdadeiro segredo para uma vida incrível for simplesmente deixar as coisas acontecerem? talvez seja hora de abrir mão desse desejo insano de controle total e deixar o caos fazer sua parte. afinal, a vida tem um jeito divertido de nos surpreender quando menos esperamos. e quem sabe? o que está além da sua zona de conforto otimizada pode ser exatamente o que você precisava o tempo todo. então, largue essa obsessão pela perfeição e dê uma chance ao inesperado. porque, no fim das contas, a vida não é sobre ter tudo sob controle, mas sim sobre descobrir o que acontece quando você deixa de tentar.